Os ingressos e a farra de Joseph Blatter

Publicado no blogdopaulinho

Em mais um reportagem do ótimo jornalista britânico Andrew Jennings, descobriu-se que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, agraciou seu sobrinho com um negócio milionário.
A comercialização dos principais ingressos – as mais caros – para a copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Seus compradores, também privilegiados, ao contrário de toda a população mundial, não precisarão participar de nenhum sorteio.
É pagar e levar.
Somente para o jogo de abertura, Philippe Blater, o aprendiz, possui 12 mil entradas, algumas delas custando a bagatela de R$ 2,3 milhões.
Todas nos setores “VIP” do “VIP”, com direito hotéis de luxo e outros agrados.
Se o Brasil avançar para as oitavas, mais 20 mil ingressos estão nas mãos da família Blatter.
Para as quartas de final, mais 20 mil, semi-finais, 24 mil (para os dois jogos) e na finalíssima, no Maracanã, “apenas” 12 mil.
Questionada sobre o assunto, a FIFA limitou-se a dizer que a empresa do sobrinho de Blatter era a mais qualificada para a empreitada.
Pois é.
Difícil será, no final de tudo, saber quem cometeu as maiores barbaridades.
FIFA, CBF ou os Governos do nosso Brasil varonil.

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O Pan é uma imensa mentira

 Matéria publicada no blogdopaulinho

O leitor percebeu que o espaço dado aos Jogos Pan-Americanos, neste blog, foi proporcional à importância do torneio.

Ou seja, nenhuma.

Há tempos o Pan serve apenas como confraternização, para alguns, e meio de enriquecimento, para outros.

Porque, esportivamente, qualquer resultado obtido servirá apenas para iludir, não só os que o conquistaram, mas os desavisados que passaram horas, sob o ritmo de ufanistas, torcendo por vitórias de absoluta irrelevância mundial.

Estados Unidos, com equipes reservas universitárias, quando tanto, e Cuba, empobrecida, e infinitamente menos populosa, ficaram à frente dos atletas de “ouro” brasileiros.

Feliz fica o COB, com centenas de medalhas, 90 % delas inexpressivas, conseguindo aumentar seus rendimentos, sem repassar as verbas a quem, de fato, necessita de ajuda.

O resultado prático, e verdadeiro, são participações pífias em Jogos Olímpicos, dinheiro a rodo destinado a projetos fantasmas e jornalistas tendo que inventar desculpas para o fracasso, não apenas do esporte de alto rendimento, mas dos inexistentes projetos sociais brasileiros.