A guerra dos browsers: quem ganhará?

Matéria recente publicada na MacMagazine mostra como está a guerra entre os diversos browsers existentes sobre cada plataforma. Chrome lidera entre os laptops/desktops e Safari é o campeão entre mobile/tablet.

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Aplicações web mobile com gráficos em JavaScript com API do Google

Após a vitória do HTML5 na sua batalha contra o Adobe Flash e do funeral do nosso amigo Adobe Flex estive numa constante busca por boas ferramentas para desenvolvimento web, principalmente algo que nos traga a agilidade e produtividade que tínhamos com o Flex. Acredito que nem preciso citar que na atividade de criar gráficos o Flex era um lutador imbatível.

Mesmo com todas suas qualidades, o Flex ainda era dente de leite na categoria web mobile, que foi justamente uma das minhas últimas necessidades. Já a algum tempo tinha engavetado o projeto de criar uma versão mobile para nosso sistema e esta história de HTML5 acabou despertando a chama apagada.

Após comprar os livros “HTML5 – A linguagem de marcação que revolucionou a web” e principalmente “jQuery Mobile” começamos com nosso projeto. A princípio queria um desenvolvimento nativo. Até comecei a estudar o iOS, fiz um curso rápido de Android, mas quando o Windows Phone chegou forte percebi que seria muito trabalho pra uma equipe tão pequena aprender tantas linguagens. Então a decisão foi uma aplicação web, multiplataforma, que poderia atender todas nossas necessidades, visto que nosso sistema é basicamente um dashboard.

Nos surpreendemos com o jQuery Mobile, uma linguagem extremamente simples e poderosa. Sem falar do Codiqa, uma ferramenta fantástica para criar aplicações jQuery mobile com o nosso querido Drag & Drop.

Após definir nossa nova linguagem, veio o principal problema: “Qual componente usaríamos para criar os gráficos?” (aceito sugestões de possíveis componentes). Após um período de pesquisas encontramos alguns componentes gratuitos em javascript mas que possuiam poucas funcionalidades, encontramos alguns pagos porém não tínhamos orçamento para isso, e finalmente chegamos até o bom e velho Google Developers e descobrimos o Google Chart Tools API. Trata-se de uma API executada online que permite criar diversos tipos de gráficos, desde gráficos de Área, Barras, Linhas, até Gauges, Tabelas, Geográficos e Treemap.

Sua utilização é bastante simples. Basta incluir na sua página uma chamada ao arquivo javascript da página do google, criar seu conjunto de dados e executar os métodos correspondentes ao tipo de gráfico desejado, informando em qual div deverá ser criado o componente.

Os gráficos possuem diversas propriedades de customização e a documentação é bastante completa, o que ajuda em muito o trabalho. Porém sem dúvida nenhuma o que mais ajuda no desenvolvimento é o Google Code Playground, onde podemos simular e testar diversos componentes do Google realizando inclusive debug.

Nossa preocupação era apenas que assim como a API do Google Maps, esta também tivesse algum tipo de restrição como por exemplo na quantidade máxima diária de requisições. Porém verifiquei que este limite não existe, entretanto o Google se reserva o direito de bloquear o serviço em caso de uso indevido e abusivo. Bom, esperemos não ter problemas não é mesmo?

Posso afirmar que tem sido muito fácil utilizar estas ferramentas e nosso sistema está ficando ótimo. Já utilizamos gauges, gráficos de linha, área e colunas e até agora não tivemos nenhum problema quanto a desempenho.

Nos próximos post´s explicarei com maiores detalhes como utilizar a API e explicarei algumas customizações que aplicamos para conseguir alguns gráficos mais específicos.

Happy Hour sem cerveja na sexta da Campus Party

Como todos já sabem, não é permitida a entrada de bebidas alcoólicas na campus party. Mas isso não fez com que a motivação para esta enorme festa fosse menor. A sexta-feira como sempre começou preguiçosa mas aos poucos os campuseiros começaram a sair de seus esconderijos.

Começando o dia, um pouco do arroz com feijão nosso de cada dia. Adobe Flex, tecnologia que venho utilizando a alguns anos porém agora com foco no desenvolvimento mobile com a versão 4.6. Apresentação contou com o já conhecido no mercado flex Igor Costa, proprietário da RiaCycle. Ele apresentou as principais funcionalidades do Flex que suporta desenvolvimento para Android, iOS e BlackBerry. Porém como outros frameworks também apresentados aqui, para algumas coisas não existe milagre. Caso seja necessário algum desenvolvimento mais específico, como utilização de gps ou fotos por exemplo, se faz necessário um desenvolvimento nativo. Nem tudo é perfeito!

Ainda no palco desenvolvimento, foi a vez de um debato mediado pela Françoise Trapenard, diretora da Fundação Telefonica. O tema foi a Mobilidade Digital e educação: a escola para além de seus muros e contou com grandes nomes da educação e da mobilidade, como Juarez Silva da universidade federal de Santa Catarina, Eveline de Souza Erbele do projeto UCA do RIo Grande do Sul e Suintila Pedreira do projeto educação unipresente.

No palco principal aconteceu a primeira grande palestra do dia e com certeza o maior público da campus party. Os filhos da internet, com os principais nomes da atualidade na internet. Estiveram presentes Rafinha Bastos, PC Siqueira, Rodrigo Fernandes do sote Jacaré Banguela, Mauricio Cid do site Não Salvo e Rosana Hermann do site Querido Leitor. O riso rolou solto com todos estes nomes presentes no mesmo palco. Falaram sobre como foi o início na internet, como é lider com a fama, como tratar de temas polêmicos, mas sempre com bom humor.

Pela tarde na campus, mais uma vez no palco desenvolvimento, mais uma vez Igor Costa. Agora com a palestra de como ganhar dinheiro no mundo mobile. Falou da sua experiência no mercado de desenvolvimento, sobre as propriedades de cada plataforma e de como explorar cada uma da melhor maneira.

Voltando as atenções para o palco principal, três visitas ilustres. Para discutir o poder das mídias sociais os ativistas Charles Lencher, do Occupy Wall Street, Olmo Gálvez, da Acampada del Sol, e Leila Nachawati, blogueira sírio-espanhola que quebrou o silêncio midiático em torno da situação na Síria. Uma palestra muito comovente com os depoimentos de Leila sobre a repressão sofrida pelo povo sírio, assim como de Olmo sobre a situação econômica e social vivida na espanha.

Cloud Computing esteve fortemente presente na campus 2012. Na tarde rolou uma apresentação com Alexandre Jose da HP sobre o que realmente é cloud, como funciona uma implantação, como garantir sua segurança de informação, como migrar para uma estrutura em cloud e como essa estrutura pode ajudar no negócio de toda empresa.

A sexta estava cheia de surpresas e voltamos correndo pro palco principal para a palestra de Julien Fourgeaud, Product Manager da Rovio, empresa criadora do famoso jogo Angry Birds. Julien compartilhou com todos sua história de vida, de como saiu de uma pequena cidade, se mudou para Paris e Finlândia, entre outros locais, e mostrou como não existem limites para o que desejamos fazer. Toda sua apresentação foi feita enquanto ele ia retirando uma por uma das dezenas de camisetas que estava vestindo, camisetas estas que foram entregues por todas empresas e grupos que estão presentes aqui na campus.

Por hoje é isso pessoal! Agora aguardem o post do último dia!

Engatando uma Quinta (feira) na Campus Party

Mais um dia começa na Campus. E esta é a imagem que ficou depois da agitadíssima noite. Após o café da manhã e uma volta pela arena, parecia que a galera estava começando a ficar sem forças. Parecia. Aos poucos a campus foi despertando e em poucos minutos as mesas estavam cheias de vida novamente.

 

 

 

 

A primeira palestra da manhã foi sobre o desenvolvimento de jogos para para mobile e pc com a tecnologia Unity. Para mim foi a palestra mais surpreendente até o momento pois fez com que eu rompesse a impressão de que o desenvolvimento de jogos era algo inalcançável. Em uma apresentação de apenas uma hora a meia o palestrante Thiago Bertoni criou um jogo completo no estilo shooter. O Unity mostrou ser muito simples e prático, além de gerar a aplicação para diversas plataformas.

Em seguida ainda no palco Desenvolvimento foi a vez de Wagner Palombo e Diego Araújo falaram sobre o desenvolvimento de aplicações nativas para iOS e Android utilizando tecnologia WEB. Apresentaram a plataforma Titanium que traz como meta o desenvolvimento rápido para as plataformas mobile apenas com programação web. A apresentação serviu para reforçar a minha teoria de que ainda não temos uma ferramenta madura o suficiente para nos permitir abstrair as linguagens nativas, visto a peculiaridade de cada uma. Os frameworks ajudam em muito os desenvolvedores, mas use com moderação.

Após um almoço rápido com Leonardo Meucci, companheiro de tecnologia na Telefonica Vivo foi a vez da primeira palestra do palco principal do dia. O convidado foi Kul Wadhwa, diretor da Wikimedia Foundation, cujo trabalho é divulgar o acesso livre à informação e cultura através da Wikipedia, a maior enciclopedia digital colaborativa da atualidade. Kul realiza um incrível trabalho de defender o livre acesso à informação, além de levar projetos para melhorar a usabilidade e potencializar o uso da ferramenta. Entre muitos temas, Kul destacou a importância do Brasil para a wikipedia (não apenas por ser casado com uma brasileira) como mercado modelo para o negócio da fundação, e inspirados em nosso país a wikimedia prepara a plataforma ayoudo que tem como objetivo permitir a ajuda coletiva com as mais diversas tarefas. Por fim Kul destacou a importancia das comunidades e das pessoas para resolveram os problemas da sociedade, citando o exemplo do blackout contra a lei SOPA, que fez com que a mesma fosse negada.

O começo da tarde foi marcada pela galera da Telefonica aqui na Campus Party. Maite Oliveira, WIlton Pereira e Izabel Nunes se juntaram a Leonardo Meucci e o campuseiro aqui para nos divertimos um pouco. Usamos e abusamos da área de games e simuladores!

 

 

Voltando ao mundo dos programadores, foi a vez da apresentação do sistema mobile que faltava: Windows Phone. A apresentação foi realizada pelo Bruno Sonnino, consultor Microsoft, e demonstrou como é simples e fácil desenvolver para Windows Phone 7. O sistema contém os mesmos controles já utilizados nas demais plataformas, além de outras funcionalidades muito interessantes que foram implementadas. Uma ótima notícia é a possibilidade de utilizar componentes criados no Silverlight com o windows phone. E como não podia ser diferente, o VIsual Studio demonstrou ser uma arma enorme na batalha dos sistemas operacionais.

A palestra principal da noite foi uma verdadeira lição de vida. No palco Ricardo Oliveira, que nasceu com uma doença neurológica que atrofia a medula espinhal e causa fraqueza nos músculos. Mas a doença não foi impeditivo para que ele pudesse alcançar seus objetivos. Com professores que vão até a sua casa alguns dias na semana e principalmente com a ajuda do pai que com um carrinho de mão leva Ricardo para fora de casa em Várzea Alegre, interior do Ceará, já que a rua de terra cheia de buracos não permite que se locomova com sua cadeira de rodas. Com todo esse esforço, Ricardo é atualmente quatro vez consecutivas campeão da olimpíada brasileira de matemática das escolas públicas. Realmente uma grande lição de vida e de superação. Dividindo o palco principal, Alex Bellos, jornalista e matemático inglês que viveu por 5 anos no Rio de Janeiro como correspondente para um jornal inglês mostrou a todos o impressionante mundo dos números, desde sua origem, passando pela Índia e a criação do número zero até as incríveis escolas de ábaco no Japão, onde crianças são capazes de fazer dezenas de cálculos em poucos minutos apenas olhando para os números.

O fim da Campus está cada vez mais próximo mas não se desesperem. Ainda tem muita água pra rolar!

Deixo aqui o vídeo da matéria do fantástico com Ricardo Oliveira, único palestrante da campus a ser aplaudido de pé!